domingo, 29 de agosto de 2010

Medicina popular

Organizada pela Articulação Pacari, a publicação Farmacopéia Popular do Cerrado vai registrar, pela primeira vez, a “sabedoria medicinal” das comunidades do bioma. Quem assina o livro são 257 raizeiros e benzedeiras, cujos conhecimentos tradicionais estão ameaçados diante do avanço da fronteira agrícola. 
 29/01/2009 - O raizeiro Dalci José de Carvalho, de 55 anos, comanda atento os cinco voluntários que trabalham na farmacinha da comunidade de Olhos D’água, na zona rural do município de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha (MG). Os conhecimentos sobre as 70 plantas medicinais com que trabalha servem para amenizar a vida das 27 famílias que habitam a comunidade.
O Pacari, avisa, é um ótimo cicatrizante, ao passo que o Algodãozinho do Campo impede a infecção de prosperar. Já o Capim-verde, tão bom para combater as doenças respiratórias, não existe mais. Sumida da comunidade desde a expansão da fronteira agrícola e dos eucaliptais sobre áreas remanescentes do Cerrado, a planta engrossa a lista das variedades medicinais ameaçadas na região. “Faço como meu avô fazia, como meu pai fazia depois dele. Mas se não tiver a planta, como passar o conhecimento para frente?”, pergunta o raizeiro se referindo à própria filha, uma das voluntárias da farmacinha.
De olho nesta necessidade, seu Dalci será um dos 257 raizeiros e benzedeiras que assinarão conjuntamente o livro “Farmacopéia Popular do Cerrado”. Em fase de revisão, o livro terá mais de 300 páginas e abordará as propriedades curativas que as populações tradicionais de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão detectam em nove plantas da região, como o barbatimão, o algodãozinho e a batata de purga. A iniciativa é da Articulação Pacari, rede formada por grupos comunitários que trabalham com plantas medicinais. “Estamos trabalhando no livro com nove plantas, mas há comunidades quilombolas que chegam a conhecer e utilizar até 200 plantas”, avisa a coordenadora da Articulação Pacari, Jaqueline Evangelista. 
A seleção, avisa, teve por objetivo destacar as plantas que estão sendo mais ameaçadas pelo avanço das fronteiras agrícolas, bem como aquelas usadas em maior número de comunidades e utilizadas para fazer diferentes tipos de remédios. Para isso, foi feito um levantamento de mais de cem plantas por região, que foram depuradas com base em uma metodologia estabelecida pelos próprios raizeiros para que se chegasse às plantas que constam no livro. Entre os critérios esteve o cruzamento dos conhecimentos de diferentes raizeiros e benzedeiras. “Se diferentes comunidades que não se conhecem e dizem que a mesma planta apresenta os mesmos princípios, então precisamos olhá-las com atenção”, explica Jaqueline.
Segundo ela, a obra não dará receitas, apenas indicações do uso fitoterápico das plantas. Também dirá onde elas podem ser encontradas e apresentará dados botânicos específicos. Como exemplo, estão as pomadas feitas do barbatimão, usadas como cicatrizantes, e os chás de pé-de-perdiz, que têm efeito antibiótico. Os moradores, explica Jaqueline, preparam as plantas medicinais que constam na publicação de pelo menos dez formas diferentes: fazem xaropes, pomadas, cremes, sabonetes, balas, pílulas, chás, óleos, tinturas e garrafadas (mistura com bebida alcoólica). 


Além de registrar estes conhecimentos, o livro também visa orientar benzedeiras, raizeiros e as farmácias populares para que usem os produtos com eficiência e segurança. O governo federal acompanha a elaboração do livro por meio de um termo de cooperação entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério do Meio Ambiente.

Política Nacional
Não se sabe ao certo o alcance da medicina popular no Brasil, mas um panorama feito pela Articulação Pacari com apenas 31 grupos comunitários de Goiás e Minas identificou 7.500 pessoas diretamente beneficiadas pelas plantas medicinais. Apesar disso, os derivados dessas plantas ainda não são reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que não existe regulamentação federal específica para fitoterápicos e para remédios populares. “Aí é ruim, parece até que a gente é bandido”, reclama seu Dalci.
Em 2006, duas importantes Políticas Nacionais na área de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foram lançadas. A primeira foi a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, aprovada por meio da Portaria 971, do Ministério da Saúde, e a segunda a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovada por meio de Decreto Presidencial em junho de 2006, com o objetivo de garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, “promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”.
A Articulação Pacari defende a auto-regulação da medicina popular pelo engajamento dos próprios raizeiros e benzedeiras. Para prosperar, avisa Jaqueline, a política deve se assentar num tripé. Em primeiro lugar, a planta tem de ter qualidade e sua disponibilidade assegurada, o que implica intensificar as ações de conservação do Cerrado e garantir o livre acesso dos raizeiros às áreas de reserva legal situadas no interior de grandes fazendas. Afinal, sem a planta não há como garantir a sobrevivência da medicina popular.
O segundo quesito diz respeito à consolidação de boas práticas de manipulação dentro das farmacinhas, desde princípios básicos de higiene até a adoção de sistemas de pesos e medidas e a instalação de pisos laváveis e fornos apropriados. “Uma política nacional certamente ajudaria nessa estruturação”, defende. Por fim, é preciso haver segurança de que determinada planta efetivamente serve para aquela doença, o que implica a ação dos órgãos competentes em conjunto com o resgate destas tradições populares, transmitidas oralmente há décadas. “O que não pode é o Brasil reconhecer a medicina tradicional chinesa, mas não a medicina popular brasileira”, diz Jaqueline.
O importante, avisa, é não perder o bonde. Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% dos medicamentos atualmente disponíveis foram desenvolvidos direta ou indiretamente a partir de fontes naturais. Estatísticas apontam também o crescimento do consumo de plantas medicinais ou medicamentos à base de plantas em todas as classes sociais no Brasil e no mundo. Esse mercado cresce em torno de 15% ao ano.

Por Vinícius Carvalho, jornalista do Portal da RTS

Medicina popular obtém reconhecimento científico

O uso de ervas medicinais, muitas delas cultivadas no fundo do quintal, é uma prática secular baseada no conhecimento popular e transmitido oralmente, na maior parte das situações. É difícil encontrar alguém que não curou a cólica infantil com camomila ou erva-doce ou o mal estar de uma ressaca com chá de folhas de boldo, sem qualquer receita médica. Numa população com baixo acesso a medicamentos, como a brasileira, agregar garantias científicas a essa prática terapêutica traz variadas vantagens.
Esse é o objetivo do Projeto Farmácias-Vivas, criado em 1985 pelo farmacêutico Francisco José de Abreu Matos, da Universidade Federal do Ceará. O projeto é direcionado para a saúde pública, cujas plantas permitem, hoje, o tratamento de aproximadamente 80% das enfermidades mais comuns nas populações de baixa renda. A mais recente Farmácia-Viva instalada em outubro último em Viçosa, é capaz de atender também os municípios vizinhos, na Serra da Ibiapaba. Duas outras preparam-se para começar a atuar em Caucaia e Umirin, também municípios cearenses.


Abreu Matos explica que 64 espécies de plantas medicinais disponíveis no nordeste já foram selecionadas e tiveram seu uso analisado cientificamente, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
A escolha das plantas inicia-se a partir de um levantamento etnobotânico, seguido do levantamento bibliográfico e experimentação em laboratório. As informações geradas são organizadas em um banco de dados e, posteriormente, sua eficácia e segurança terapêuticas são avaliadas. Nessa fase, as variedades coletadas no campo são levadas para um horto de plantas medicinais, localizado no campus da UFC, onde passam pelo processo de domesticação e preparação de mudas, sob a orientação de um agrônomo, para mais tarde serem cultivadas nas hortas de cada farmácia-viva.
Nas farmácias-vivas, os medicamentos são preparados em laboratório de fitoterápicos sob responsabilidade de um farmacêutico especialmente treinado. Para sua administração, o princípio ativo é mantido nas plantas (e não isolado como faz a indústria farmacêutica) na forma de chás, xaropes, tinturas e cápsulas gelatinosas.
Entre os fitomedicamentos usados com eficiência já comprovada cientificamente, o pesquisador cita a tintura e o sabonete líquido de alecrim-pimenta (Lippia sidoides), preparações de elevado poder anti-séptico; o creme vaginal de aroeira-do-sertão (Myracrodruom urundeuva), usado com sucesso no tratamento de cervicite e cervicovaginite; assim como o elixir de aroeira, de ação semelhante às preparações de espinheira-santa, para tratar gastrite e úlcera gástrica e as cápsulas de hortelã-rasteira (Menthax villosa) eficiente medicamento contra amebíase, giardíase e tricomoníase.
Os bons resultados das farmácias-vivas motivaram o governo cearense a criar o Programa Estadual de Fitoterapia, nos moldes do projeto, que é hoje aplicado em cerca de 30 comunidades do interior, como complemento do Programa Saúde da Família (PSF). O projeto das farmácias-vivas está presente, também, em Brasília e nos municípios de Picos, no Piauí e Altamira, no Pará.
O pesquisador cita dois estudos recentes: com o melão-de-são-caetano (Momordica charantia L.), e com a planta antidiabética que é designada pelo nome de insulina-vegetal (Cissus cicyoides).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Plantas Medicinais: doenças incuráveis podem ter solução

A utilização das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o aparecimento do próprio homem. A evolução da arte de curar possui numerosas etapas, porém, torna-se difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve por muito tempo associada a práticas mágicas, místicas e ritualísticas. A preocupação com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre se fez presente. Sabemos que os alquimistas, na tentativa de descobrir o "elixir da vida eterna", contribuíram e muito na evolução da arte de curar. Um grande avanço na terapia foi dado por Paracelso que defendia a teoria da "assinatura dos corpos", segundo a qual as plantas e animais apresentavam uma "impressão divina" que indicava suas virtudes curativas. De acordo com essa teoria, a semelhança da forma das plantas aos órgãos humanos determinam o seu efeito curativo sobre estes como, por exemplo, algumas hepáticas, apresentando formato parecido a um fígado, eram utilizadas para curar moléstias de tal órgão. As plantas pelas suas propriedades terapêuticas ou tóxicas adquiriram fundamental importância na medicina popular.

Até meados do século XX, a medicina popular, como é conhecida aquela baseada no conhecimento empírico das plantas medicinais, não tinha em seu uso qualquer comprovação científica. A pesquisa para desenvolvimento de remédios se baseava na síntese química de novas substâncias. No entanto, se percebeu que os produtos de origem natural tinham mais chances de apresentar alguma atividade biológica, uma vez que são sintetizados por organismos vivos. Após a obtenção das plantas medicinais, normalmente o material pode seguir três caminhos: uso direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e secagem do material fresco.

Este último destino é o que requer mais atenção, por preservar os materiais, possibilitando o uso das plantas a qualquer tempo, dentro dos prazos normais de conservação. Antes de submeter às plantas à secagem, deve-se adotar alguns procedimentos básicos para se obter um produto de boa qualidade, independente do método a ser empregado. A Fitoterapia é o tratamento das doenças, alterações orgânicas, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais recém colhidas e seus extratos naturais. O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta, o que, sem dúvida, é uma dádiva divina. A natureza, além de sua beleza plástica, oferece recursos para a solução de muitos problemas que afligem a humanidade neste século. Doenças consideradas incuráveis, como o câncer e a AIDS, por exemplo, podem ser erradicadas a partir dos recursos disponíveis na biodiversidade. Só que esse tesouro precisa ser bem conhecido e conservado para ser utilizado.

fonte: http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/5661/plantas-medicinais-doencas-incuraveis-podem-ter-solucao

Plantas medicinais - Benefícios e malefícios

Estudo descritivo objetivando verificar se os herbolários oferecem as informações corretas para a utilização das plantas medicinais; se orientam os clientes acerca das possíveis intoxicações ou interação com os alopáticos; e se utilizam critérios para a comercialização dos fitoterápicos. Utilizou-se um questionário contendo questões abertas e fechadas envolvendo aspectos da atuação dos herbolários com os fitoterápicos. Os herbolários conhecem a maioria das plantas medicinais, entretanto, há lacunas acerca da indicação correta desses produtos, dos efeitos colaterais e toxicidade. Os herbolários carecem conhecer melhor os princípios ativos das ervas, as indicações terapêuticas, orientar os usuários acerca das possíveis interações farmacológicas ou intoxicações medicamentosas e a respeito da limpeza, armazenamento, tempo de vida útil e contra-indicações do produto.

fonte:http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/8606/plantas-medicinais-beneficios-e-maleficios

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Plantas Medicinais

PLANTAS MEDICINAIS: Quando os Portugueses chegaram no Brasil já utilizavam-se do uso das Plantas Medicinais .O conhecimento indígena também muito apurado contribuiu com a grande maioria de Plantas para serem utilizadas como medicamento.São varias as maneiras de utilizá-las, em chás, garrafadas, xaropes, cheiros e defumadores, em banhos e em banhas. A grande maioria das pessoas de uma comunidade conhecem e usam as plantas medicinais,são conhecimentos sempre transmitidos dentro de uma família,especialmente entre as mulheres .No preparo do remédio é comum a classificação como: remédio fino, remédio fresco e remédio quente:
REMÉDIO FINO: Provoca transpiração excessiva,por isso o doente não pode se molhar na água fria de chuva ou banho. Remédios finos: Gendiroba (torrada e moída) tomada sem dieta, é bom para dores de cólica e de estômago, Guiné (raiz na pinga) bom para dor e reumatismo,Alho (chá) contra dor de dente. REMÉDIO FRESCO ou FRIO: O remédio fresco, chá fresco, refresca o corpo por dentro. Cura mau-estar da vista, dos rins, fígado e intestino. Remédios frescos: açafroa, quina, quebra-pedra, salsa, jalapa, picão, poejo, peroba rosa, tiuzinho, limão, folha de abacate, água-da-colônia (raiz), cipó-de-São-João (raiz), pimenta malagueta, tomate, limão e caju.
REMÉDIO QUENTE:O remédio quente põe a doença e o calor para fora do corpo. Usado nas doenças Sarampo, febre, catapora, coqueluche, bexiga, gripe, asma, e outros. Remédios quentes: carro santo, pimenta-do-reino, raiz de fedegoso, cravo, amendoim, alfavaca, unha danta, sabugueiro, gengibre, agrião, hortelã, limão (assado), laranja tanja, levante, anador da farmácia e outros. Alguns destes são remédios finos. O remédio quente incomoda o fígado, os rins e o intestino.
CHÁ MEDICINAL: É uma das maneiras mais utilizadas das Plantas Medicinais.O Chá consiste na infusão em água quente da folha,fruto,casca,raiz,flor,graveto,ou qualquer outra parte da planta com o intuito de retirar seu extrato com o qual se mistura a água resultando no chá.Abaixo alguns chás muito utilizados na farmacopéia popular:

Alcaçuz: chá de Alcaçuz há 3000 anos trata das doenças dos chineses. O alcaçuz é uma planta cuja raiz adocicada permite um chá com ação diurética, laxante, expectorante e calmante. Funciona como antiinflamatório, acalma a dor e é um poderoso antialérgico.
Indicado como chá para :inflamações do ventre; inflamações de vias urinárias;  Calmante de dores e combate a cárie dentária.
Preparo e uso:Infusão da raiz do alcaçuz podendo ser tomado quente ou em doses diárias frias em dosagens normais.

Alecrim:O Alecrim é uma poderosa erva que mantém em sua constituição o poder de um chá fortíssimo contra hipertensão , anti-reumático, diurético etc., e ainda, quando feito um  caldo forte de suas flores e folhas torna-se um excelente anti-séptico de pele e estimula o crescimento capilar.
Indicado para :  como chá -  esgotamento cerebral; tênue depressão; distúrbios.intestinais ; dismenorréia; colecistite crônica e dores reumáticas.
Como uso tópico: contusões; entorses; queda de cabelo, caspa

A MEDICINA E A RELIGIÃO COMO CULTURA POPULAR

A medicina popular representa um importante elemento cultural de uma sociedade e, apesar dos grandes avanssos alcansados pela ciencia na realidade, continua recebendo creditos significativos por parte de seu praticantes
 A medicina popular equivale aos conhecimentos e praticas arraigados tanto cultura indigena quanto aos valores trazidos por colonizadores. Esses conhecimentos foram incorporados pela populacão e   respeitados no cotidiano, cristalizados nos habitos, nas tradições e nos costumes . A justificativa do uso de praticas baseadas no saber popular e se encontra apenas na falta de esclarecimento ou de recursos financeiros por parte da população. Mesmo em grandes centros populares ou urbanos e em classes socialmente mais elevadas, crenças e praticas baseadas no saber popular e em experiencias  ricas e adotadas como recursos destinados manutenção da saude ou cura de doenças. Essas praticas se justificam principalmente por meio da crença e na  terapeutica dos recursos utilizados
 fonte:http://www.ebah.com.br/religiao-e-medicina-como-cultura-popular-ppt-a46241.html

formas de medicina popular:

Existem várias formas de medicina popular: a fitoterapia, a medicina mágica, a medicina mística ou religiosa, a medicina escatológica ouexcretoterapia.

fitoterapia é a que utiliza as plantas medicinais, através de chás, lambedouros, garrafadas, ungüentos, purgantes, emplastros, remédios popularesque são chamados de meizinhas na região Nordeste do Brasil. Algumas das meizinhas mais comuns são: folha de pimenta, em forma de emplastro, para picada de marimbondo; chá da folha do abacateiro, para problemas renais; sumo de malva com mel, para tosse; água de arroz adocicada ou chá da folha de pitomba, para hemorragias; sumo de arruda, para convulsões.

É uma herança que os índios nos deixaram e uma das mais antigas formas de tratamento de doenças. Os africanos também trouxeram suas ervas nativas que se mesclaram com especiarias do Oriente. Os portugueses disciplinaram o seu uso e investigaram com mais profundidade as propriedades terapêuticas de cada planta, cabendo aos jesuítas as suas anotações, o que fez com que fossem difundidas pela Europa e o mundo científico, as propriedades terapêuticas, por exemplo, do quinino, da ipecacuanha e do curare.

medicina mágica procura curar o que de estranho foi colocado pelo sobrenatural no doente ou extirpar o mal que o faz sofrer. Está muito vinculada aos ritos afro-brasilieros e indígenas, especialmente os de macumba, candomblé ou umbanda e dos catimbós. Baseia-se também em tabus alimentares ou de conduta. Os índios nos transmitiram os preceitos mágicos da cura pela defumação; dos negros malés, vindos da Nigéria, assimilamos os conceitos do mágico e dos demônios como causadores de doenças. As técnicas empregadas na medicina mágica são as benzeduras, conjunto de rezas, gestos ou palavras ditas por pessoas especializadas como o curadorrezador ou benzedor; assimpatias, uma forma de benzedura, mas que podem ser executadas por qualquer pessoa; os patuásamuletossantinhos talismãs, elementos materiais capazes de prevenir e evitar doenças e perigos, entre outros.

medicina mística ou religiosa usa a religião como força mágica da cura. Faz-se uma adivinhação simbólica para saber qual é a divindade ofendida, pela quebra de um tabu ou desobediência de uma determinação divina e, através de ritos, busca-se homenageá-la, como por exemplo é feito no candomblé. Na devoção popular alguns santos da religião católica romana são invocados como especialistas em um ramo da medicina. Umas orações visam a proteção das pessoas, outras, a cura das doenças: São Sebastião cura feridas; São Roque cura e evita pestes; São Lourenço dor de dentes; São Brás protege das enfermidades da garganta e salva de engasgos; rezas para São Bento protegem contra mordidas de cobras, insetos venenosos e cães hidrófobos; Santa Luzia as doenças dos olhos; Santa Ágata os pulmões e vias respiratórias; São Lázaro a lepra e as feridas sérias; São Miguel os tumores malignos e benignos; Nossa Senhora do Bom Parto a gestação e o parto.

A chamada medicina escatológica ou excretoterapia utiliza como método terapêutico substâncias ou ações repugnantes ou anti-higiênicas, como fezes, urina, saliva, cera de ouvido. Estas práticas muito antigas, já eram utilizadas pelos egípcios. No Brasil, especialmente na região Nordeste, algumas fórmulas da excretoterapia ainda são muito comuns, como o uso de saúva torrada com café para crises de asma; chá de fezes de cachorro embranquecidas pelo sol, contra o sarampo; estrume úmido, friccionado na pele, para curar frieira; urina de vaca adicionada ao leite para tratar a coqueluche; a saliva logo ao se levantar, antes de falar qualquer palavra, serve para curar feridas.

medicina popular nunca deixou de existir no Brasil, principalmente doNordeste, onde continua sendo largamente usada tanto no litoral como no agreste e no sertão, especialmente pela população de baixa renda, que não dispõe de recursos para comprar produtos farmacêuticos.

fonte:http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=732

REZA

No nosso contexto, o benzimento ou a bênção é um ritual de cura. Há benzimentos para doenças específicas e outras que servem para qualquer doença. Por ex., faça um sinal da cruz e diga: Eu te benzo pelo nome que te puseram na pia, em nome de Deus e da Virgem Maria, e das três pessoas da Santíssima Trindade, eu te benzo. Deus nosso Senhor que te cura, Deus que te acuda nas tuas necessidades. Se teu mal é quebrante, mal invejado, olhos atravessados ou qualquer outra enfermidade, se te deram no comer, no beber, no sorrir, no zombar, na tua formosura, na tua gordura, na tua postura, na tua barriga, nos teus ossos, na tua cabeça, na tua garganta, nas tuas lombrigas, nas tuas pernas. Que Deus Nosso Senhor que há de tirar, vem um anjo do céu, deita no fundo do mar onde não ouça galinha e nem galo a cantar. Faz-se uma cruz em cima o copo e reze o credo três vezes, na segunda vez reze um PN à Santíssima Trindade e na terceira vez uma Salve Rainha a Nossa Senhora. Faça essa oração três dias seguidos. Antes do benzimento colocar um copo com água e depois dar para a pessoa beber.
No ritual da cura, não se separam corpo e alma. Não é possível salvar somente a alma ou apenas o corpo. Por isso, é possível estar com o diabo no corpo. E até: deitar a alma pela boca. Nas doenças amarram um cordão de orações no corpo, oferecem no santuário o peso do corpo em cera. Numa oração para parto e numa outra contra lombrigas, anotam-se numa tirinha de papel as letras iniciais da oração, para serem engolidas.  Muitos trazem no corpo as marcas do sofrimento, da seca, da violência, da pobreza, da doença. Para ficar invulnerável contra todos os males e perigos existem os rituais para fechar o corpo.  


fonte : http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/medicina.htm#Capítulo:%204
Na prática a Medicina Popular utiliza três formas de tratar a pessoa que esta doente,são as Plantas Medicinais,as Rezas e Simpatias.Em alguns casos estas três formas podem ser empregadas juntas,como é o caso das rezadeiras que utilizam plantas medicinais para realizar as orações nas pessoas doentes.
Na Medicina Popular, diferente da Medicina Cientifica, o individuo que vai ser tratado é analisado sob dois aspectos básicos a saúde de seu corpo e a saúde de seu espírito,pois muitas vezes a pessoa não esta com uma doença do corpo e sim uma doença espiritual, como o" mal olhado" (doença onde a pessoa fica abatida,sem ânimo,provocada pela inveja de outra pessoa).

OUTROS TIPOS DE REMEDIOS SEM SER ERVAS

BANHA  Pomada da medicina popular. Exs: banha de jibóia é boa para reumatismo; banha de capivara para zoeira nos peitos; banha de canela da ema para surdez; banha de galinha é bom para perebas e tumores; banha de jacu é usada na asma e chiadeira do peito; banha de porco desinflama panariz e, derretida na pinga, cura embriaguez. Banha de traíra cura dor de ouvido.
            CORDÃO UMBILICAL  É guardado e usado para remédio: chá de cordão é usado contra epilepsia.
            CREOLINA  Remédio caseiro contra a malária e dor de dente. Num gargarejo, cura dor de garganta. Umas gotinhas no café da manhã curam a gripe. Na água do banho, para curar caruara, frieira e feridas e ficar com a pele lisa. Ela pura cura bicheira.
            RISCADO DE CINZA  Cura empazinado. Barriga doendo, porque cheia de gaz. Remédio: riscado de cinza de fornalha. Beber a água e passar a borra em cruz no umbigo. Observamos a não-separação de remédio e reza.
            LEITE MATERNO   Usado como colírio.
            PEDRA-DO-BUCHO  O mesmo que maçã, benzoá, bezoar. Trata-se de uma bola compacta de pelos(tricobenzoar) ou vegetais, formada no estômago dos ruminantes. É usada, entre outros, contra a lepra(no Vale do Jequitinhonha.MG).
            PICUMà ou PUCUMà Fuligem do fumeiro, às vezes usado em remédios e para curar o umbigo de recém-nascido.
            RAPÉ  Pó de fumo de rolo, torrado e moído. Dor de barriga de menino é curada com três cruzinhas de rapé em cima do umbigo. Há também o rapé de emburana macho.
O povo distingue: remédio fino, remédio fresco e remédio quente:
            REMÉDIO FINO  Provoca suadouro. Por isso o doente não pode se molhar na água fria de chuva ou banho. Remédios finos: (Alguns exemplos) - Gendiroba (torrada e moída) tomada sem dieta, um baguinho só, é bom para dores de cólica e de estômago; (Com sebo) pomada contra dores de reumatismo. - Guiné (raiz na pinga) bom para dor e reumatismo. Contra mordida de cobra. - Pau-de-ovelha (muqueca quente) bom para reumatismo e dor. - Folha da negra-mina (folha amarrada na cabeça) bom para dor de cabeça e ar-de-estupor. - Alho (chá) contra dor de dente. - Jalapa (doce de jalapa) contra vermes.
            REMÉDIO FRESCO ou FRIO  O remédio fresco, chá fresco, refresca o corpo por dentro. Cura mau-estar da vista, dos rins, fígado e intestino. Remédios frescos: açafroa, quina, quebra-pedra, salça, jalapa, picão, poejo, peroba rosa, tiuzinho, limão, folha de abacate, água-da-colônia (raiz), cipó-de-São-João (raiz), pimenta malagueta, tomate, limão e caju. Folha de caju (folha seca?) cozida e adoçada é ótima.
            REMÉDIO QUENTE  O remédio quente põe a doença e o calor para fora do corpo. Usado nas doenças Sarampo, febre, catapora, coqueluche, bixiga, gripe, asma, e outros. Remédios quentes: carro santo, pimenta-do-reino, raiz de fedegoso, cravo, amendoim, alfavaca, unha danta, sabugueiro, gengibre, agrião, hortelã, limão (assado), laranja tanja, levante, anador da farmácia e outros. Alguns destes são remédios finos. O remédio quente incomoda o fígado, os rins e o intestino.   
 
fonte: http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/medicina.htm#Capítulo:%204.

ARABIC HERBAL MEDICINE

Na medicina popular encontramos: chá de raízes, folhas, flores, cascas, sementes; tomam cachaça com raízes, ou mesmo com uma lagartixa torrada; tomam caldo de meleto e de mocotó; há o banho com plantas medicinais ou com bosta de boi que é bom para a pele; fricção com cachaça ou álcool e “alcanfor”, cobra, escorpião; inalação da fumaça de certa resina sobre brasa contra dor de cabeça; fumam cigarro de folhas, flores ou o cigarro contendo um espinho de ouriço caixeiro; barreiam o peito com lama da casinha da vespa “maria-barreira”; usam banha de jibóia, carneiro, galinha; pingam colírio de arruda nos olhos e sumo de saião nos ouvidos; urinam numa ferida fresca para estancar o sangue; fezes humanas quentes servem para tirar espinho ou levar a furo um furúnculo; colocam folha de fumo na barriga contra a dor e esquentam uma metade de laranja-da-terra na chapa do fogão para colocar na cachumba. Há também o costume de tomar a medida do corpo do doente, soprar o doente de cima até em baixo, pôr um galhinho de arruda atrás da orelha, costurar uma minúscula imagenzinha de Sto.Antônio dentro da pele, carregar um patuá ou uma medalha ao pescoço, pôr uma garrafa com água na cabeça para tirar-lhe o sol. Além de, batizar de novo, passar óleo de Bom Jesus de Congonhas, benzer com três raminhos, beber um copo de água que foi bento durante um programa de rádio. Em certos momentos, a cura é feita no rastro da pessoa ou do animal. Algumas moléstias são ferradas na Sexta-feira da Paixão. Vemos curadores costurando uma linha logo acima de uma carne quebrada. Outros curam, fazendo perguntas e exigindo respostas. Há procedimentos que buscam transferir para animais, vegetais e mesmo pedras as doenças que aparecem no homem. O povo tem esperança de livrar-se de febres, doenças de pele, úlceras, amarrando panos que tiveram contato com o corpo do doente em árvores como a gameleira, a pereira, o juazeiro, o cardeiro. Há os que benzem, antes do nascer do sol. Outros conversam com a lua. Registro o costume de amarrar um cordão de orações no corpo e de oferecer no santuário o peso do corpo em cera. Existe também o banho de cheiro. Uma vez que é melhor prevenir que remediar, muitos realizam rituais para fechar o corpo.

C A U S A S D O S O F R I M E N T O

Um princípio importante nos ajuda a melhor entender a medicina popular: A doença tem uma ou várias causas. De acordo com a causa é que o doente busca e o curador sugere o tratamento.

fonte :http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/medicina.htm

Medicina tradicional chinesa

A medicina tradicional chinesa (MTC), também conhecida como medicina chinesa (em chinês 中醫, zhōngyī xué, ou 中藥學, zhōngyaò xué), é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos de sua história.
É considerada uma das mais antigas formas de medicina oriental, termo que engloba também as outras medicinas da Ásia, como os sistemas médicos tradicionais do Japão, da Coreia, do Tibete e da Mongólia.
A MTC se fundamenta numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Ela inclui entre seus princípios o estudo da relação de yin/yang, da teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelos meridianos do corpo humano.
Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano e sua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão tanto ao tratamento das doenças quanto à manutenção da saúde através de diversos métodos.

curiosidades : quem e padre fontes ?

António Fontes nasceu em Cambezes do Rio, uma aldeia do Barroso, próxima do Rio Cávado, em 22 de Fevereiro de 1940, tendo ingressado no Seminário de Vila Real em 1950, de onde saiu em 1960. Foi ordenado sacerdote em 1963.
António Fontes é um dos principais defensores da cultura popular da região do Barroso, onde a localidade se insere.
O sacerdote recordou que o congresso de Vilar de Perdizes nasceu numa altura em que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da "medicina química ou moderna".O padre António Fontes impulsiona há 25 anos o Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, Montalegre, onde em Setembro se junta o sagrado ao profano e se reúnem curandeiros, bruxos, adivinhos ou ervanários .
fontes: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.maraoonline.com/MARAO/MARAO_online/9CCCA5A4-A9F7-42F7-A273-C685569529E2_files/padre-fontes-ervas-montaleg.jpg&imgrefurl=http://www.maraoonline.com/MARAO/MARAO_online/9CCCA5A4-A9F7-42F7-A273-C685569529E2.html&usg=__wzItI6-latWDox1K0JWg8XSedYU=&h=533&w=352&sz=102&hl=pt-BR&start=8&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=-TvHoOMSzC4QpM:&tbnh=132&tbnw=87&prev=/images%3Fq%3Dmedicina%2Bpopular%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26rlz%3D1W1MOOI_pt-BR%26tbs%3Disch:1

padre fontes

Medicina Tradicional


Medicina tradicional refere-se às práticas de medicina desenvolvidas antes do que se classifica como medicina moderna e que ainda hoje são praticadas por diversas culturas em todo o mundo
Segundo a OPAS-OMS, a medicina tradicional é o total de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e as experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou não explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para a prevenção, diagnose e tratamento dedoenças físicas e mentais.
Em alguns países utilizam-se indistintamente os termos medicina complementar, medicina alternativa ou medicina não-convencional, e medicina tradicional. (OMS, 2000)
“Medicina tradicional" é um termo amplamente utilizado para referir-se aos diversos sistemas de Medicina Tradicional, como por exemplo a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a medicina unani árabe e as diversas formas de medicina indígena.
Abrange terapias com medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais.
Nos países onde o sistema de saúde hegemônico se baseia na medicina alopática ou onde a Medicina Tradicional ainda não se incorporou no sistema nacional de saúde, não se distingue dos demais aspectos dos sistemas tradicionais, seja por sua transmissão oral de lendas – onde são atualizados valores espirituais, ético/morais, e acontecimentos históricos significativos, seja por se caracterizar como conhecimento empírico/prático resultante de hábitos consagrados pela experiência, a não ser quando se associa a práticas médicas profissionais reconhecidas, hegemônicas ou não hegemônicas, consideradas como plausíveis pela medicina moderna ou científica. (OMS, 2002)
A contribuição de Arthur Kleinman na área da antropologia médica, para distinção da medicina tradicional do conhecimento de saúde científico e dos distintos povos é notável. Segundo esse autor, um sistema etnomédico e/ou a medicina folk, distingue-se da medicina popular, familiar, praticada por todos os membros de uma comunidade, da medicina profissional científica, ocidental /cosmopolita ou mesmo da medicina alternativa e complementar resultante da profissionalização das práticas indígenas e tradicionais (Chinesa, Ayurvédica ou Européias medievais não hegemônicas, tipo: quiropraxia, hidroterapia, apitoxinoterapia, etc.).
Essa distinção também pode ser feita identificando-se práticas populares e as técnicas ou formas de conhecimento mais organizado, que podem ser descritas a partir da terminologia proposta por Luz (1988), como uma racionalidade médica ou sistema lógico e teoricamente estruturado, tem como condição necessária e suficiente para ser considerado como tal, a presença dos seguintes elementos:

    • 1. Uma morfologia (concepção anatômica);
    • 2. Uma dinâmica vital ( "fisiologia" );
    • 3. Um sistema de diagnósticos;
    • 4. Um sistema de intervenções terapêuticas;    
    fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_tradicional

    medicina popular tradições afro-brasileiras e indígenas

    Na medicina popular, o tratamento geralmente supõe um ritual. A cura pode ser o resultado de um exorcismo.

    Nas tradições afro-brasileiras e indígenas, o curador é um intermediário privilegiado entre o mundo dos homens e o mundo dos espíritos, sejam caboclos, pretos velhos ou outros. Possuído por entidades espirituais, o xamã exerce seu papel terapêutico pelo bafo sagrado. No candomblé, os orixás Omulu(“o médico dos pobres”) e Ossáin(orixá das folhas) tanto curam como podem causar doenças.


    *Paulo César Alves tece interessantes reflexões sobre a vocação do curador no jaré: “São os caboclos(antepassados) que forçam o indivíduo a tornar-se curador, causando-lhe uma série de infortúnios até que ele resolva acatar seu destino. Praticamente nenhum curador fala da sua carreira enquanto escolha pessoal.<...> Ele é escolhido pelas divindades e essa escolha é revelada por sonhos, transes e, principalmente, comportamentos associados à loucura”.1 Tal curador não precisa de estudos, pois seu saber é revelado e o poder de cura lhe é dado pelos caboclos, segundo a ideologia local. A interpretação que o curador oferece para um determinado problema pouco se diferencia daquela dada pelo paciente. POR QUEILA GOVEIA

    Medicina Popular no Brasil

    Medicina Popular no Brasil é uma prática muito antiga, bem antes dos primeiros Portugueses aqui chegarem ,ela já era praticada e muito bem conhecida pelo Índios que habitavam o Brasil já a muito tempo,dai o conhecimento e a prática ser tão bem apurada por eles.

    Na Medicina Popular, diferente da Medicina Cientifica, o individuo que vai ser tratado é analisado sob dois aspectos básicos a saúde de seu corpo e a saúde de seu espírito,pois muitas vezes a pessoa não esta com uma doença do corpo e sim uma doença espiritual, como o" mal olhado" (doença onde a pessoa fica abatida,sem ânimo,provocada pela inveja de outra pessoa).
    Na prática a Medicina Popular utiliza três formas de tratar a pessoa que esta doente,são as Plantas Medicinais,as Rezas e Simpatias.Em alguns casos estas três formas podem ser empregadas juntas,como é o caso das rezadeiras que utilizam plantas medicinais para realizar as orações nas pessoas doentes.


    fonte:http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/medicinapopular.htm